Desde pequeno, logo após a alfabetização, ficava meio confuso quando em prova oral a professora, do alto de seu conhecimento, cobrava a conjugação dos verbos no passado, presente e futuro. Pois bem, depois de “segundos” de reflexão, motivado por um filme sem expresão onde o tema central era a previsão do futuro, cheguei a estranha conclusão: O presente não existe! E posso explicar porque. 

Se analizarmos que até o mais rápido pensamento, a mais curta palavra, o menor movimento levam um espaço de tempo para serem concluídos não há presente, só o passado e o futuro. Ex: ao pronunciarmos a palavra “casa”, cada sílaba pronunciada já aconteceu, então não pode ser presente, e o que ainda não foi pronunciado faz parte do futuro. O presente pode ser encontrado apenas na menor fração do segundo, tão pequena e tão rápida que é impossivel ser realizada qualquer ação nesse breve momento.

Afinal, o que pode ser feito em um tempo mil vezes menor que um piscar de olhos? Então pronto, chego a conclusão “brilhante” da inexistência do presente e que vivo no passado!


Viver no passado não é ruim, ruim é viver do passado. Viver no passado nos dá o conhecimento, por mais imediato que possa ser, de algo que já aconteceu, que me fez bem ou me fez mal, algo que é fato, que não pode ser mudado, já foi e não tenho mais o controle sobre isso. E se não tenho controle não há mais nada a ser feito.


Sei que este pensamento não deve ser inédito, afinal física nunca foi meu forte, mas em 2006 pretendo viver apenas no passado, errando, chorando, vivendo, aprendendo com os erros e comemorando os acertos para que o futuro que chega a todo momento me encontre cada vez melhor.Ops! Mas 2006 é futuro!!!


Kiko Padovani

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